Falar sobre racismo também é cuidar, e cuidar bem é o que nos propomos a fazer todos os dias: com excelência, solidariedade e foco em resultados que impactam vidas. Este material é parte do nosso compromisso como instituição que valoriza a responsabilidade social, e entende que a equidade é essencial para uma saúde pública de qualidade.
As desigualdades étnico-raciais no Brasil seguem profundas e persistentes: os dados refletem o impacto do racismo estrutural no acesso a direitos e nas oportunidades de vida, e mostram o quanto é necessário avançar. Nesse sentido, o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês assume o compromisso fundamental de reconhecer as diferenças, valorizar a diversidade e agir com responsabilidade, oferecendo à comunidade negra tratamento justo e com equidade.
Muito além de uma data no calendário, consciência é prática diária. Ao longo desta página, você encontrará informações e sugestões importantes para promover relações mais respeitosas e igualitárias dentro e fora do ambiente de trabalho. Siga com a gente!
POR QUE AINDA PRECISAMOS FALAR SOBRE RACISMO?
Pessoas negras enfrentam barreiras estruturais no acesso a direitos fundamentais, como educação, trabalho digno, habitação e saúde. Por isso, falar sobre racismo é abrir espaço para a escuta, para o reconhecimento das desigualdades e para a construção de caminhos mais justos, reafirmando nosso compromisso com a equidade e com o cuidado que respeita todas as vidas.
Retratos da desigualdade na saúde
Cerca de 70% das pessoas que dependem do SUS são negras, e 23,3% delas relatam ter sofrido racismo em unidades hospitalares (IBGE e Ministério da Saúde, 2019).
O número de mulheres pretas que vêm a óbito durante a gestação, parto ou pós-parto é duas vezes maior do que o número de mulheres brancas que perdem a vida nas mesmas condições (Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, 2022).
Pessoas brancas têm quase o dobro de cobertura privada (plano de saúde) em relação a pessoas negras (IBGE e Ministério da Saúde, 2019).
Pouco mais de 20% das mulheres brancas entre 50 e 69 anos nunca fizeram mamografia; entre pardas, esse dado é de cerca de 28% (IBGE e Ministério da Saúde, 2019).
Pessoas negras têm mais depressão sintomática, mas menor chance de diagnóstico médico (Caldeira, T.C.M., da Silva, L.E.S., Claro, R.M. et al., 2025).
Recém-nascidos filhos de mães negras têm 39% mais risco de morrer antes dos 05 anos de idade, comparados aos filhos de mães brancas (Fonseca, J.M., Silva, A.A.M., Rocha, P.H.R. et al., 2021).
Quem tem um dom de cuidar (...) sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona.
Monica Calazans, mulher negra, enfermeira e primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Brasil
PARA SABER MAIS
Leia “Como o racismo criou o Brasil”, de Jessé de Souza;
Assista “AmarElo – É Tudo pra Ontem” (disponível na Netflix);
Ouça os episódios de “Mano a Mano” com participação de Sueli Carneiro e Conceição Evaristo (disponíveis no Spotify).
